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Carregar o Mundo: um mês depois

26 de agosto de 2019 O clã partiu. A cidade de Zagreb abriu os braços para os caminheiros. Um primeiro dia calmo em que o clã se instalou no seu apartamento. À noite era tempo de dizer uns aos outros aquilo que nunca tinham dito. Colocaram dentro das pilhas uns dos outros, as que traziam contigo desde Portugal os papéis com o quiseram dizer. Chegaram à conclusão de que todos tinham os seus defeitos, mas que têm tanto, mas tanto para oferecer ao clã.


27 de agosto de 2019 Acordaram e seguiram para a Ban Josip Jelacic, no centro de Zagreb. Ficaram a saber que iriam conhecer parte da cidade a pares. Assim, o Diogo e a Marta, o Gonçalo e a Leonor, e o Henrique e o Simão partiram na busca de ingredientes para a sobremesa do jantar. Tinham de conseguir manteiga e bolachas, chocolate e copos de água e, por último, nozes e açúcar. A única regra: os ingredientes não podiam ser pagos com dinheiro. Conheceram a cidade e o par, que se revelou muito mais do que eles pensavam ser. E no fim do dia partilharam o que tinham descoberto.


28 de agosto de 2019 Era o último dia na cidade de Zagreb. Agora iriam conhecer o que restava da cidade, mas desta vez todos juntos. Descobriram que, na capital croata, não era a buzina dos bombeiros que marcava as 12 horas, mas sim um canhão que podia assustá-los. Subiram ao prédio que permitiu ver toda a cidade numa perspetiva diferente. Caminharam até um jardim, onde viram os primeiros lagos. Voltaram a casa e voltaram a ter uma conversa à luz da vela, acerca da sua fé e espiritualidade.


29 de agosto de 2019 O destino de quarta feira era Marija Bistrica. A vila que recebe mais peregrinos na Croácia. Depois de conhecerem a história dos milagres que aconteceram por ali e o santuário, escreveram uma oração, que cada um iria ler nos seguintes dias da viagem. Os caminheiros muito refletiram durante esse dia e continuaram o seu caminho, mais perto de Deus. Foi nessa companhia que, nessa noite iniciaram uma dinâmica e perceberam que, tal como todos os clãs, tinham pontos fracos, fortes e oportunidades de melhoria.


30 de agosto de 2019 Partiram para Fuzine, uma pequena vila no interior da Croácia. À sua espera estavam as bonitas paisagens naturais que o país tinha para oferecer. As montanhas e os seus dois lagos. A chegada a campo foi acompanhada com a vontade de servir e os caminheiros colocaram mãos à obra e fizeram serviço ao campo, no qual arrumaram a casa da madeira e replantaram um pequeno pinheiro. À noite, antes de jantar, partilharam algumas experiências com o chefe de campo, Zoran, que lhes partilhou algumas músicas e mostrou algum conhecimento do típico fado. Por último, foi à volta da fogueira que continuaram a análise ao clã, continuando a produtiva conversa.


31 de agosto de 2019 Os caminheiros acordaram para um novo dia prontos a conhecer a vila. Partiram e fizeram o percurso pedestre que passava pelos bonitos lagos e pelas Špilja vrelo, cavernas com 8º C descobertas durante a construção de uma fábrica que pertencia a Tesla. À tarde, tiveram tempo para mergulhar, nadar e divertirem-se no lago. Foi durante a noite que, de uma forma muito dinâmica e entre riscos e rabiscos que os caminheiros escreveram ou, neste caso, desenharam, numa carta de clã os objetivos que tinham proposto a eles mesmos no início do ano.


1 de setembro de 2019 Um novo dia, mais um destino. Desta vez o último desta aventura: Rijeka, na zona costeira da Croácia. Por eles esperava uma escuteira local, que os levou a conhecer o centro da cidade e uma das principais atividades que os escuteiros de Rijeka desenvolvem: a rádio escutista. Mais tarde, depois de conhecerem o chefe nacional croata, foram à missa, uma experiência diferente, por ser celebrada na língua local. O dia terminou no sitio onde iriam pernoitar, em Drivenik, onde estariam acompanhados pela família que vive nessa casa e um castelo e uma igreja.


2 de setembro de 2019 Este iria ser um dia diferente. Voltariam à escola e ouviriam Marin, o chefe nacional croata a falar das suas experiências e a ouvir a história de como foi fundado o escutismo católico na Croácia. Com eles perceberam todas as diferenças que existiam entre os dois países, espelhando uma situação de quase de 100 anos de escutismo para apenas 12. Foi uma manhã enriquecedora e uma tarde de descanso, pois puderam ver as lindas praias croatas e também eles dar um mergulho. À noite prepararam um jantar tipicamente português para os novos irmãos. Todos gostaram muito do bacalhau à brás. Depois de se conhecer o castelo e a igreja que estavam junto à casa o dia acabou com jogos e músicas em torno de uma mesa.


3 de setembro de 2019 Novamente acompanhados pelos escuteiros croatas, o clã colocou novamente o bichinho do serviço em prática e, na manhã deste dia, apanhou o lixo que existia em torno da casa, do castelo e da igreja. A tarde foi calma, de viagem, de volta a Zagreb. No dia seguinte havia um avião para apanhar. O dia terminou com um jantar típico, muito animado, seguido de uma viagem até ao aeroporto.


4 de setembro de 2019 Como sempre era necessário avaliar a atividade e o ano. Entre sorrisos e lágrimas, os caminheiros foram obrigados a difíceis decisões e a perceber o que seria melhor para eles. No fim, concluiu-se que voltariam mais fortes e com uma vontade de trabalhar e de chegar (ainda) mais longe.


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