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Ir a campo, (só) viver o campo!

Num turbilhão de sentimentos bonitos, e feios também, o Clã 16 voltou a campo para aprender a ser “monstruosamente especialista”. O acampamento decorreu “numa porta enérgica que se abriu” na Subserra entre os dias 29 e 31 de março e, entre vários objetivos próprios para a IV secção, procurou mostrar a todos os participantes a importância de ir a campo, (só) viver o campo, escutar o silêncio da noite e voltar a meter as mãos e os pés na terra. Henry J. Waternoose, o líder da “Monsters, Inc.”, acompanhou o Clã em “três dias intensos”, com o intuito de os ajudar a descobrir “onde se especializaram, o que conquistaram neste caminho e qual o trilho que, agora, querem seguir”.


Na autonomia das decisões e na responsabilização das ações, os quatro caminheiros participantes construíram a sua própria atividade, com características e definições muito próprias, que podem ser resumidas assim:


. Uma concentração às 23h00 de sexta-feira, dia 29, de mangas (mal) arregaçadas para divisões-pouco-fáceis de material, e início de caminho; . Uma “mensagem inicial” que os relembrou que “gerar energia e carregar o mundo é uma tarefa sobremostruosa”; . Uma chegada a campo às 02h04 da manhã, depois dos Chefes de Clã esperarem. E desesperarem. Aprendendo a estar e controlar. Mesmo quando tudo podia parecer (já) descontrolado; . A entrega da primeira “especialidade” – a de Andarilho – mesmo que neste ponto lhes tenha faltado “ser especialistas”, e a definição mais clara de algumas regras-do-jogo; . Um “grande silêncio” (muito) tardio, cansado, e certo de alguns ajustes no plano inicial; . Uma alvorada de dia 30, sábado, não-muito-a-horas, como seria de esperar de um fiel caminheiro, seguida de um pequeno-almoço com os famosos “cereais da manhã”; . Uma dinâmica “A Caminho do Triunfo”, interpretada (literalmente) em palco pelos três noviços presentes, a pergunta “será que é possível atingi-lo em plenitude?” e a entrega da segunda “especialidade” do acampamento – a do Antídoto; . A preparação da primeira refeição: numa bilha-meio-vazia, num fogão-sujo-da-última-atividade, numa frigideira-sem-pegas e com um canivete-que-qualquer-escuteiro-tem-no-cinto; . A confeção da mesma: juntar tudo, deixar cair no chão, lavar, ferver e comer! . E a entrega da terceira “especialidade” de campo: o do Cozinheiro. Desenrascado. Corajoso e destemido. . Uma dinâmica que se desenvolveu em torno do “Sistema Pessoal de Progresso” e a necessária preparação de uma apresentação de candidatura, ações que deram origem a outras duas “especialidades” – a do SPP e a do Criativo;


. A fogueira. Que chegaram a ser duas, na verdade. O calor da chama e a necessidade de reflexão. Porque “ao redor da fogueira” foram “ouvir os conselhos”, criar ligações e fortalecer laços. Ali, relembraram tantos e tantos momentos, num balanço sobre o que já viveram juntos. A dinâmica, preparada “pelo irmão mais velho”, valeu(-lhe) a “especialidade” do Moderador;


. Uma nova alvorada que dava conta que a atividade já estava a terminar. Era dia 31 e, desta vez, a pontualidade foi “palavra de escuteiro”!

. As arrumações e a já habitual fotografia-na-máquina-azul. O caminho de regresso, o calor insuportável e um conjunto de materiais já irmãmente (e mais facilmente) distribuído pelas mochilas; . A avaliação, já no Albergue, onde se ouviu (e sentiu): “gostava de ser como tu”, “agarraram o desafio”, “iam errar mas só assim iam aprender”, “o escutismo é crescer e nós ajudamos a isso mesmo” e “obrigada por esta atividade”! . A certeza de que “amanhã, tudo isto pode não fazer sentido. Mas agora faz. E o agora é que está a contar”.



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