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Desconstruir para Construir

Nos dias 25 e 26 de janeiro, Guias e Subguias da Expedição 55 aceitaram o desafio da Patrulha Lontra e entraram numa nova aventura: os oito elementos poderem viver um sonho. Mas não um sonho qualquer, seriam guiados por estrelas, as suas, que os iriam levar a desempenhar os seus cargos de forma diferente, alinhando-se tão perfeitamente uns com os outros que poderiam formar a sua própria Constelação.


A noite enche-se de luz, das estrelas, da Lua e de inúmeras constelações. As expectativas são as melhores e muitas são as ideias para esta atividade. Recebem uma carta. Coordenadas. Questões. E começam o seu caminho. Um caminho de descoberta pessoal e desenvolvimento da confiança e união dos oito. Deverão estar despertos a pensar, questionar, decidir e aprender.

O percurso é curto, mas intenso em desafios e escolhas. Chegam à Calhandriz e têm à sua espera uma reflexão cujo mote são os ensinamentos que Baden Powell deixou na sua obra Escutismo para Rapazes: “O Guia de Patrulha deve despertar o entusiasmo e a acção voluntária de todos, animando-os alegremente nos seus esforços (...). O meio mais eficaz para o conseguir é o vosso próprio exemplo, porque o que vós mesmos fizerdes os vossos escuteiros farão também. (…) lembrai-vos de que os haveis de guiar e não empurrar”. Os oito devem agora refletir sobre estas palavras: guiar e empurrar. Está nas suas mãos não deixar cair. A torre de jenga serve de mote à reflexão, desconstruir para construir. E o objetivo comum deverá ser sempre: se tiver de cair que caia de pé.


A manhã inicia com um novo desafio: relação entre Guia e Subguia de Patrulha. Participam em dinâmicas de conhecimento do elemento que os acompanha na Patrulha. Primeiro, os nós que têm um nome e características próprias e, por isso mesmo, devem ser relacionados com cada um dos elementos da Patrulha. Depois, uma espécie de batalha naval com conhecimentos de cartografia e mímica, leva os Guias a descobrir onde cada um dos seus elementos se encontra. Antes de almoço, um último desafio: frente a frente, cada um com um “quantos-queres”, brincam com base na verdade e na sinceridade. Conselhos. Pontos fortes. Melhorias. Tudo por uma relação mais eficaz e fortalecida.


Finalmente o almoço. UNO é o desafio e também o chef da cozinha da Calhandriz. Aleatoriamente e à vez, todos irão controlar a comida, as facas, o fogão. Num baralho, a carta mais temida: a preta UNO, a do chef. Mas, há regras e condições a cumprir, ditadas por um outro baralho: cartas de troca, de escolha e de proibição de trabalhar. A tarefa só fica cumprida quando todos se sentarem à mesa.


Já com a cozinha arrumada continua o frente a frente. Agora trabalha-se a relação entre Guias e entre Subguias. Cada grupo forma um quadrado e, as músicas que entretanto tocam, ditam as questões e as ações a tomar. Ora falam e partilham ideias, dúvidas ou soluções, ora se juntam todos e partilham descontração a dançar.

Surge então mais um desafio: cada elemento recebe uma tarefa e algumas condições para a executar, ao mesmo tempo que enfrenta algumas limitações para alcançar o objetivo proposto. Tomam contacto com dificuldades, para encontrar formas e estratégias diferentes no caso de serem confrontados com estas realidades.


Há ainda tempo para um Pictionary que mais parece um jogo escrito em chinês, onde é necessário desvendar códigos. Aqui, Guias e Subguias estão em confronto direto, sempre saudável, a colocarem-se à prova, mais uma vez.


No final de cada uma das nove dinâmicas vão surgindo as estrelas do caminho, trazem a luz que por vezes nos esquecemos de acender e relembram alguns ensinamentos: Descodificar, Conhecimento, Confiança, Ajuda, Comunicação, Liderança, Ligação, União e até mesmo o “desconhecido”. Cada uma delas pintada de uma cor mais viva ou outra que pede reflexão, deixando a marca de cada um dos oito guias nestas estrelas. Fica assim formada uma nova Constelação: a Constelação da Expedição 55.


E porque esta foi uma atividade de reflexão e responsabilização dos cargos de cada um dos elementos, a Maria Rita Martins recebeu a sua nova bandeirola: a da Guia de Expedição.



Finalizar é estranho, mas importante. Não é pôr um ponto final, mas crescer com as escolhas que fizemos. Orientá-las para o verdadeiro objetivo do jogo e não as deixar a meio, ser insistente em chegar à meta, todos juntos. Sozinhos podemos ir mais depressa, mas juntos vamos mais longe. | Miguel




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